Até pouco tempo atrás eu nunca havia lido nada escrito por Calvino. Nenhuma obra, nenhum comentário – apenas citações. Na realidade, para quem não está disposto a ir direto à fonte, as citações bastam. Um autor reformado citando Calvino aqui, outro acolá, e pronto: eis a receita para se ter uma colcha de retalhos completa de ditos do reformador. E acho que descobri por que eu achava mais graça em ler citações sobre Calvino do que ele próprio: é que Calvino não cita Calvino!
Contudo, essa situação mudou quando decidi comprar algumas de suas obras publicadas em língua portuguesa. A primeira delas foi o seu comentário em 1 Coríntios (Edições Parakletos). Foi nesse dia que eu descobri porque ele foi considerado o maior exegeta e teólogo da Reforma. Daquele dia pra cá, não parei mais de lê-lo – agora, não somente em citações e notas de rodapé, mas in loco. Adquiri, mais tarde, As Institutas, sua magna opus.
Hoje, dos comentários disponíveis em língua portuguesa, só me falta o de Hebreus. Estou esperando a Editora Fiel reeditá-lo, como ela havia prometido. E não apenas isso, mas o de lançar outros comentários inéditos desse grande vulto da história do Cristianismo. Espero que isso não demore para acontecer, porque, parafraseando Boanerges Ribeiro (no seu prefácio ao vol. I de Salmos), “escritos de calvinistas são interessantes; escritos de Calvino são inestimáveis”.
Deus seja louvado!
Soli Deo Gloria!
Leonardo,
ResponderExcluirestou chegando aos arraiais reformados depois de dez anos no neopentecostalismo, dos quais os últimos quatro foram atravessados em profunda crise na fé, chegando perigosamente próximo ao abandono de toda e qualquer especulação religiosa, uma espécie de agnosticismo que eu ia inventando quando por vias que o Senhor providenciou para mim, vir a ter contato com o calvinismo.
Estava mesmo a fim de ler direto do Calvino e o seu post foi mais um incentivo, me fazendo constatar que, em várias áreas do conhecimento eu tenho lido mais sobre do que exatamente o que interessa, não que um bom comentário não seja válido, e sei que não foi isso que você quis dizer.
Valeu a dica e o incentivo!
Um abraço.
Em Cristo,
Luciano.
Leonardo,
ResponderExcluirEu discordo frontal e fortemente de você! Como assim "não tem graça ler Calvino porque ele não cita Calvino"? Ora, ele não cita a si mesmo, mas cita Agostinho! E muito! rsrs
Brincadeiras à parte, eu me impressiono a cada nova página de seus escritos. Não somos mesmo seguidores de Calvino, mas temos uma dívida inestimável com ele. Graças a Deus por Ele ter levantado este grande homem para nossa edificação!
No Senhor,
Roberto
Luciano,
ResponderExcluirFico feliz em saber que meu breve testemunho te encorajou a ler mais Calvino. Infelizmente, livros ainda são caros. Mas, sempre há uma promoção aqui, outra ali... Foi assim que consegui adquirir o que tenho hoje.
Continue firme em sua jornada. E, se precisar de ajuda, estamos às ordens.
Um grande abraço!
Roberto,
ResponderExcluirE como Calvino cita Agostinho! rsrsrs!
Na realidade, fui irônico quando disse aquilo sobre Calvino não citar a si próprio (é claro que você percebeu isso, só tá querendo me botar pilha, né?! rsrs!).
De fato, temos uma dívida enorme para com ele.
Abraços, meu caro!