15 de agosto de 2011

Salmo 36 - A parábola do ímpio que encontra Deus

A transgressão do ímpio diz no íntimo do meu coração: não há temor de Deus perante os seus olhos.
Porque em seus olhos se lisonjeia, até que a sua iniqüidade se descubra ser detestável.
As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem.
Projeta a malícia na sua cama; põe-se no caminho que não é bom; não aborrece o mal.
A tua misericórdia, SENHOR, está nos céus, e a tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens.
A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo. SENHOR, tu conservas os homens e os animais.
Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das tuas asas.
Eles se fartarão da gordura da tua casa, e os farás beber da corrente das tuas delícias;
Porque em ti está o manancial da vida; na tua luz veremos a luz.
Estende a tua benignidade sobre os que te conhecem, e a tua justiça sobre os retos de coração.
Não venha sobre mim o pé dos soberbos, e não me mova a mão dos ímpios.
Ali caem os que praticam a iniqüidade; cairão, e não se poderão levantar.
Sl 36:1-12

Um ímpio descia pelo caminho de sua maldade. Não tinha temor de Deus, pois lá do fundo do seu coração uma voz lhe ditava impiedades (v.1). Via a si mesmo como a pessoa mais importante e acreditando que seus pecados ficariam impunes pecava, e pecava tanto, que até mesmo para outros como ele seus pecados eram destestáveis (v.2). Sua mente estava imersa em trevas, por isso não conseguia entender e menos ainda praticar o bem, então falava mentiras e falsidades o tempo todo (v.3). Antes de sair da cama, já planejava os pecados do dia e andando os colocava em prática, improvisando outros mais, pois nunca se cansava de sua iniquidade (v.4).

Assim vagava esse ímpio, num zigue-zague de iniquidades. Até que Alguém vem ao seu encontro pelo caminho. Alguém completamente diferente dele e de todos que já tinha encontrado. Era uma pessoa que tinha uma misericórdia que chegava aos céus e uma fidelidade do mesmo tamanho (v.5). Apesar disso, tinha uma justiça inabalável como os montes e seus julgamentos eram mais profundos que o mar (v.6). Dono de uma benignidade preciosa, muitos buscavam refúgio junto dele (v.7). Na verdade, Ele sustentava a todos, homens e animais (v. 7), alimentando-os do bom e do melhor e dando-lhes de beber de Suas delícias (v.8).

O ímpio encontrou a Luz e viu a luz (v.9). Ele encontrou um manancial de vida (v.9). Pede que lhe seja estendida a benignidade e a justiça que lhe faltam (v.10). O ímpio torna-se justo. Como não quer voltar à antiga vida, clama que não seja pisado nem demovido de sua posição pelo iníquo (v.11). E recebe a garantia que todos os tentadores serão vencidos, e o serão completamente (v.12). E assim termina sua vida de impiedade.

Soli Deo Gloria

Nota: Via de regra, parábolas não trazem o nome dos personagens. Mas você é livre para dar nome ao ímpio. Eu dei.

Clóvis Gonçalves é blogueiro do Cinco Solas e escreve no 5 Calvinistas às segundas-feiras.

4 comentários:

  1. Maravilhosa parábola!
    Esse ímpio deve ter todos os nomes possíveis, a começar o meu!
    Abraços
    Douglas Carias
    Recife-PE
    reflexoesjovem.blogspot.com

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  2. Clóvis,

    que belíssima parábola, meu caro! Parabéns, e que Deus continue iluminando tua mente para que mais textos tão criativos e inspiradores como esse surjam de tua pena.

    Abraços!

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  3. Clóvis,

    essa parábola é de simplicidade e profundidade enormes. Vemos que todos estávamos sem Deus e praticando iniquidades, mesmo aqueles que se tomam por justos. Obrigada por nos lembrar que um dia Alguém veio ao nosso encontro e nos livrou dos nossos delitos e pecados. Que Deus o abençoe cada dia mais.
    abraço.

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  4. Douglas, Leo e Kam,

    Soli Deo Gloria! Quando pensamos no que somos e o que o Senhor fez por nós, compreendemos o que Lutero disse sobre sermos pecadores e justos diante de Deus.

    Em Cristo,

    Clóvis

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