6 de abril de 2010

Entre ler sobre Calvino e ler Calvino

O que me levou a escrever sobre o presente tema foi o fato de ter chegado hoje às minhas mãos dois comentários de Calvino que comprei pela internet: o volume I de Salmos, que estava esgotado pela Edições Parakletos e foi reeditado recentemente pela Editora Fiel, e os vols. I e II de Daniel, ainda pela Parakletos. ABRE PARÊNTESE. Na realidade, estou escrevendo somente para minha terça não passar em branco. Mas penso que meu “testemunho” pode interessar a algum meio-leitor de Calvino, como o Leonardo Galdino de antes… FECHA PARÊNTESE.

Até pouco tempo atrás eu nunca havia lido nada escrito por Calvino. Nenhuma obra, nenhum comentário – apenas citações. Na realidade, para quem não está disposto a ir direto à fonte, as citações bastam. Um autor reformado citando Calvino aqui, outro acolá, e pronto: eis a receita para se ter uma colcha de retalhos completa de ditos do reformador. E acho que descobri por que eu achava mais graça em ler citações sobre Calvino do que ele próprio: é que Calvino não cita Calvino!

Contudo, essa situação mudou quando decidi comprar algumas de suas obras publicadas em língua portuguesa. A primeira delas foi o seu comentário em 1 Coríntios (Edições Parakletos). Foi nesse dia que eu descobri porque ele foi considerado o maior exegeta e teólogo da Reforma. Daquele dia pra cá, não parei mais de lê-lo – agora, não somente em citações e notas de rodapé, mas in loco. Adquiri, mais tarde, As Institutas, sua magna opus.

Hoje, dos comentários disponíveis em língua portuguesa, só me falta o de Hebreus. Estou esperando a Editora Fiel reeditá-lo, como ela havia prometido. E não apenas isso, mas o de lançar outros comentários inéditos desse grande vulto da história do Cristianismo. Espero que isso não demore para acontecer, porque, parafraseando Boanerges Ribeiro (no seu prefácio ao vol. I de Salmos), “escritos de calvinistas são interessantes; escritos de Calvino são inestimáveis”.

Deus seja louvado!

Soli Deo Gloria!

4 comentários:

  1. Leonardo,
    estou chegando aos arraiais reformados depois de dez anos no neopentecostalismo, dos quais os últimos quatro foram atravessados em profunda crise na fé, chegando perigosamente próximo ao abandono de toda e qualquer especulação religiosa, uma espécie de agnosticismo que eu ia inventando quando por vias que o Senhor providenciou para mim, vir a ter contato com o calvinismo.
    Estava mesmo a fim de ler direto do Calvino e o seu post foi mais um incentivo, me fazendo constatar que, em várias áreas do conhecimento eu tenho lido mais sobre do que exatamente o que interessa, não que um bom comentário não seja válido, e sei que não foi isso que você quis dizer.
    Valeu a dica e o incentivo!
    Um abraço.
    Em Cristo,
    Luciano.

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  2. Leonardo,
    Eu discordo frontal e fortemente de você! Como assim "não tem graça ler Calvino porque ele não cita Calvino"? Ora, ele não cita a si mesmo, mas cita Agostinho! E muito! rsrs
    Brincadeiras à parte, eu me impressiono a cada nova página de seus escritos. Não somos mesmo seguidores de Calvino, mas temos uma dívida inestimável com ele. Graças a Deus por Ele ter levantado este grande homem para nossa edificação!
    No Senhor,
    Roberto

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  3. Luciano,

    Fico feliz em saber que meu breve testemunho te encorajou a ler mais Calvino. Infelizmente, livros ainda são caros. Mas, sempre há uma promoção aqui, outra ali... Foi assim que consegui adquirir o que tenho hoje.

    Continue firme em sua jornada. E, se precisar de ajuda, estamos às ordens.

    Um grande abraço!

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  4. Roberto,

    E como Calvino cita Agostinho! rsrsrs!

    Na realidade, fui irônico quando disse aquilo sobre Calvino não citar a si próprio (é claro que você percebeu isso, só tá querendo me botar pilha, né?! rsrs!).

    De fato, temos uma dívida enorme para com ele.

    Abraços, meu caro!

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