A mais recente carta que a liderança do Jovens da Igreja Betesta em São Paulo escreveu em apoio ao seu pastor, Ricardo Gondim (aqui), me deixou assustado. A influência que um falso mestre pode exercer no seio de uma igreja é algo realmente assustador; um verdadeiro câncer que, paulatina e silenciosamente, corrói a alma dos desavisados. Mas antes de destilar mais críticas, preciso fazer uma confissão. Volto já.
Por um bom tempo o Gondim foi o meu escritor/pensador evangélico favorito. Conheci sua pena através da Revista Ultimato (da qual ele foi recentemente convidado a “des-continuar” um trabalho que já durava vinte anos), e não quis mais parar de lê-lo. Aliás, minha motivação maior em ler a referida revista era por causa dos artigos de sua autoria. “Inspiradores”, era o que eu pensava dos seus textos. Li muitos dos seus livros, dentre os quais eu destaco É proibido: o que a Bíblia permite e a igreja proíbe (um marco na vida de muitos crentes); Artesãos de uma nova história; e Orgulho de ser evangélico. Aliás, foi dele o primeiro livro evangélico que comprei: Fim de Milênio: Os perigos e desafios da pós-modernidade na igreja (Abba Press, 1996). Eu também ouvia diariamente pregações suas numa rádio (não lembro qual), e as gravava em fita cassete. Eu gostava tanto do Ricardo Gondim que dois amigos meus passaram a me chamar de RG. “RG? Do que esses caras estão falando, hein?”. É, demorou pra cair a ficha. Até que, como diria Cazuza, “a emoção acabou”…
Voltei (ufa!). Por pura Providência, a época em que a emoção esmaecia coincidiu (eu falei “coincidiu”? Mercy, oh Lord!) com a época em que eu estava descobrindo a teologia reformada. E foi exatamente aí que eu passei a desconfiar de certos apelos que o Gondim fazia em seus textos – seus termos melosos, sua argumentação puramente emotiva e todo o resto que vocês já sabem. Como a tarefa de linkar todas as heresias que já li dele seria por demais hercúlea, contento-me em citar apenas um artigo de sua lavra que me abriu os olhos para o terreno movediço em que eu estava pisando. Trata-de do artigo Proposta de um credo, publicado em uma das edições de Ultimato (aqui), onde ele endossa aquilo que mais tarde eu conheceria por Teologia Relacional. Aproximei-me do texto como admirador, e voltei dele estarrecido com o que lia – mesmo não sendo esse o seu texto mais tortuoso. “Creio que Deus soberanamente decidiu abrir mão de parte de sua onipotência quando criou seres à sua imagem e semelhança”, dizia ele. Alguns dias depois, Gondim escreveria um polêmico texto sobre o tsunami que devastou o leste asiático no final de 2004 (clique aqui, porque este aqui, curiosamente, não funciona), onde não somente a onipotência, mas também a onisciência divina seria negada. Só que desse texto eu só tomei conhecimento muito tempo depois de ter sido escrito.
Quando li um artigo que o Augustus Nicodemus escreveu para a mesma Ultimato sobre a Teologia Relacional (aqui), logo passei a associar as denúncias dele às propostas do Gondim. Eu dava os meus primeiros passos na fé reformada, e aquele era um tema crucial. Um Deus que não é soberano? Estranho isso… Finalmente, fui alertado por um amigo que Gondim era adepto da Teologia Relacional. E foi exatamente isso o que eu ouvi mais tarde da boca do próprio Augustus, numa ocasião em que ele pregou na igreja em que eu passei a congregar (saí de uma batista e fui pra uma presbiteriana) – uma exposição na 2ª carta de João, que trata exatamente de como os falsos mestres devem ser tratados. Aquilo que muitos chamariam de “anti-ético” da parte do Augustus eu definiria como amor: amor pela Igreja de Cristo, a qual foi comprada com Seu sangue. Amor que anda em conformidade com a Verdade, como somos ensinados por Paulo (Ef. 4.15).
Aí me vem esses jovens da Betesta em defesa de um cara que precisa negar a Verdade para afirmar o amor! “Não temos medo de pensar. Temos medo de não amar”, disseram eles na primeira defesa, em 2007 (aqui). Pergunto aos tais: “não amar” o que? O deus limitado do Gondim? Um deus que se faz menor que suas criaturas? Pois saibam que a este deus eu não amo e nunca temerei não amar! “Não terás outros deuses diante de mim”, diz o primeiro mandamento. Isso mesmo! Que dizer do deus do Gondim senão que ele é outro, e, portanto, um ídolo? Ah, o “não amar” se refere ao próximo, é isso? Tanto quanto pior! Pois se eu não possuo uma visão adequada de Deus eu também não posso ter uma visão adequada do homem (e vice-versa), a quem pretendo tomar como próximo. Por isso é que eu também afirmo que não tenho medo de não amar ninguém!
E mais uma vez esses jovens resolveram adotar o discurso autocomiserado do seu mestre. “O Gondim virou o herege da vez. O inimigo da vez. Nada mais mesquinho e estranho ao Evangelho - que nos convida a amar os inimigos, mas parece que o universo evangélico se especializou em produzir inimigos para odiá-los em comunhão”, dizem. Aliás, relativizar a verdade em prol de um amor que só existe na cabeça deles é praxe nesses grupos. Segundo eles, “heresia pressupõe uma verdade absoluta. Na fé cristã essa verdade é o Amor, não uma doutrina ou um dogma”. E este é o motivo pelo qual eles não consideram seu mestre um falso mestre: a “não relativização” do amor. “Por isso não consideramos o Ricardo Gondim um herege, pois nunca o vimos relativizar a revelação que Deus é Amor”. Para justificar o porquê disso eles apelam para a vida corporativa (ou seria vegetativa?) da igreja onde, dominicalmente, Gondim destila seu veneno.
Quem conhece a Betesda e o Gondim sabe que ele prega todos os domingos na [sic] Bíblia e que proclama em alto e bom som a fé cristã: Jesus é Deus encarnado, nascido de uma virgem por meio do Espírito Santo, morreu na cruz por amor de nós, a fim de nos salvar, e ressuscitou no terceiro dia vencendo a morte, estendendo a ressurreição a todos os homens e mulheres por meio da fé.
Notem que nada é dito sobre, por exemplo, a soberania de Deus, porque este é um conceito que eles e os demais relacionais, liberais e et ceteras e tais! detestam. Isso pode ser facilmente explicado pela postura de Esquerda (socialista) assumida por eles. “Heresia”, dizem, “é uma palavra criada para tentar invalidar ideias opostas às ideias vigentes. Criar hereges é fonte de alianças maquiavélicas, para calar a boca de quem incomoda as maiorias, sempre poderosas”. E aqui eles alinham Gondim a Martin Luther King, dizendo que este “também já foi acusado de herege pelos pastores poderosos de sua época - e libertou um povo oprimido, dando a eles direito à cidadania”. Talvez se eles conhecessem um pouco mais da “vida privada” do tal revolucionário seriam mais cautelosos na comparação. Somente para fazer justiça, apesar da minha aversão à postura do Gondim eu não creio que ele, a exemplo do Luther King, plagiou teses na universidade e tem relacionamentos extra-conjugais (leia aqui) – embora teologicamente eles se pareçam. Mas o desvario desses jovens é tanto que resolveram alinhar seu mentor e Luther King a Lutero, os apóstolos e Jesus!
Ele [Gondim] é um herege apenas para quem considera alguma doutrina e lei absolutas. Mas nesse caso, King, Lutero, os apóstolos e o próprio Jesus também eram, então o Gondim está em ótima companhia, e seguindo um excelente caminho.
Quanta cegueira, meu Deus! Será que não percebem que defendendo seu mestre dessa forma tão estúpida estão indo contra o Mestre? Será que não percebem que alinhar Cristo e seus apóstolos a alguém que abertamente relativiza a Verdade e destrona a Jesus do seu patamar de Glória é blasfêmia? Será que não percebem que estão seguindo alguém que está imerso em sua própria incredulidade; um cego, guia de cegos?
Entendam, meu caros. Não é por pedantismo ou arrogância (ah, palavrinha mal entendida!) que digo essas coisas, mas por amor. Inicialmente, por amor a Deus e à Verdade; e também por amor àqueles que estão sendo levados por esse engodo chamado Gondim. Novamente apelando para a experiência comunitária, seus discípulos ainda alegam que “a maior parte de seus acusadores e perseguidores nunca leu um livro que ele escreveu, ou um artigo, uma entrevista, nunca foi à um culto na igreja Betesda do Jardim Marajoara, em São Paulo – onde ele é pastor e prega todos os domingos – não conhece os membros da Betesda e não sabe quase nada sobre a história de vida do Gondim nem da Betesda. Apenas repete o discurso inflamado de seus líderes e pastores que vêem no livre-pensar do Gondim uma ameaça”. Bom, eu realmente nunca fui num culto da Betesda (nem quero ir) e não conheço os seus membros (a não ser pelo que escrevem, agora). Mas já li livros, artigos e entrevistas suficientes do Gondim para querer distância de suas ideias, e a história de vida dele – bem como a de qualquer um de nós – não tem poder algum para testemunhar contra ou a favor da Verdade, visto que, como dizia Calvino, ela sozinha pode manter-se de pé. Não escrevo de uma “torre-de-marfim calvinista”, como alguns podem me acusar. Também vim do pó e ao pó voltarei; sou humano e pequeno. Por isso mesmo é que me reconheço fraco e incapaz; sujeito à minha própria fraqueza. Não obstante, creio firmemente que o Cristo das Escrituras é poderoso para me guardar de todo tropeço e para me apresentar com exultação, imaculado diante da sua glória (Jd 24). É por esse motivo que, embora eu discorde frontalmente dos que defendem esse herege, devo dizer que ainda assim tenho compaixão por eles, no sentido de que oro para que Deus, em sua inaudita Graça, os livre desse laço, assim como um dia eu mesmo fui liberto das trevas e da ignorância a respeito dos atributos e da Pessoa do Eterno. Não posso crer que alguém que diminua tanto a Deus possa ser considerado alguém que O ama em Espírito e em Verdade. Não posso admitir genuína adoração e amor onde a Verdade não impera.
Por isso, se aqui cabe um conselho aos jovens da Betesda (e aos demais enfeitiçados), aqui vai:
Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno. 1 Jo 2.24.
De todos os autores neotestamentários, João talvez seja aquele que mais tenha tratado do tema amor e verdade. Para ele esses são conceitos que não podem ser contrapostos nem divorciados, mas juntos dão todo o sentido à existência humana. Opiniões erradas sobre Deus, Jesus e o mundo não podem ser tomadas como “alternativas” à fé, e sim como afronta a ela. Por este exato motivo é que eu rechaço a proposta relacional do Gondim, visto que ela é, na realidade, toatalmente anti-relacional, no mais puro sentido redentivo da palavra. E, assim como um dia Deus me libertou de despencar nesse abismo, oro para que os jovens da Betesda também tenham os seus olhos abertos, antes que seus caminhos tomem um rumo totalmente irreversível.
Que Deus nos ajude!
Soli Deo Gloria!
Parabéns, Leonardo, texto perfeito!
ResponderExcluirSó vou acrescentar o seguinte. O que os jovens não conseguem perceber - pois suas mentes estão tão fragmentárias como a de seu mestre - é que a descrença na soberania de Deus também macula a crença no Cristo que "morreu na cruz por amor de nós, a fim de nos salvar, e ressuscitou no terceiro dia vencendo a morte", como eles mesmos escreveram. A palavra "a fim de nos salvar" não cabe na ideia de um deus que não é o Senhor da história. Como poderia um deus não-soberano decretar a morte de Cristo "antes da fundação do mundo" (Ap 13.8)? Se Cristo foi levado à cruz pelos homens, e não pelo próprio Deus, como poderia Ele salvar o mundo? A aleatoriedade não combina com um Deus que tudo faz com um propósito.
E me uno a você em oração: que Deus tenha misericórdia dessas jovens mentes e as leve por um processo parecido com o seu, confrontando as palavras de Gondim com a Bíblia e escolhendo esta!
Abração!
Sim, Norma. Macula mesmo. E eu diria mais: destroi por completo! Eliminam a primeira linha do Credo ("creio em Deus Pai Todo-poderoso"...) e se contentam com o restante, pensando eles que a fé cristã pode sobreviver mutilada de uma das partes. Como se enganam!
ResponderExcluirMas continuarei orando para que os tais sejam libertos disso- nem que minha oração tenha que se traduzir em mais posts desses.
Abraços!
Belo texto!!
ResponderExcluirÉ lamentável como o ser humano tende a se considerar o centro do universo, nem que pra isso precise diminuir o próprio "deus"..
Barrabás,
ResponderExcluireu diria que colocar-se como centro do universo e diminuir Deus são coisas concomitantes. É por isso que não aceito que Gondim ostente um "Soli Deo Gloria" como signature dos seus textos (tá até no banner do site dele!). Tudo mentira!
Abraços!
Excelente texto Leonardo.
ResponderExcluirSe não temos grandes concílios como os dos séculos IV e V, ainda temos quem se empenhe, assim como Atanásio, Agostinho, e tantos outros, na árdua tarefa de combater a sã doutrina.
Abraço.
Prezado Leonardo Galdino, gostaria de obter sua permissão para postar seu artigo sobre Gondim (assim como você, já li muita coisa escrita por ele)no blog "Calvinismo Hoje" (www.alegrem-se.blogspot.com), que compartilho com um pastor presbiteriano. Com os devidos créditos e um link para seu artigo original, é claro. Aguardo sua resposta. Abraços.
ResponderExcluirPrezado Leonardo,
ResponderExcluirLi todo o seu desabafo e confesso que, mesmo com toda a sua excelente capacidade argumentativa, não consegui entender onde você quer chegar com isso tudo.
Essencialmente, a reforma protestante foi formada integralmente por pessoas que passaram a pensar num Deus mais brando que o pintado pela igreja de Roma.
Em certa medida os reformadores também eram esquerdistas da época e veja só o legado que essa turma deixou para nós!
O crente não pode ser compelido a não pensar. A cada momento que a humanidade passa, Deus nos concede ferramentas para entendê-lo e aplicar tais conhecimentos a sua obra.
A finalidade do Evangelho é tornar o mundo um lugar melhor para vivermos, com menos desigualdades e com mais solidariedade, para nos preparar para a morada eterna. Para isso, devemos atingir cada vez mais pessoas.
O debate ideológico é sempre bem vindo no campo da fé. Não significa que uma vez lançados os bons ou maus argumentos das pessoas e mestres, nós devamos agasalhar integralmente o que foi dito. Lembre-se de Paulo que disse: examinai tudo e retende o bem.
Cabe a nós examinar tudo e reter somente o que estiver de acordo com a Palavra.
Não sou amigo e nem tenho nada com Ricardo Gondim. Já frequentei sua igreja algumas vezes como mero visitante. Concordei com alguma coisa algumas vezes e noutras discordei à luz da Palavra. Mas muita coisa do que ele disse me ajudou a sair das armadilhas dos picaretas da fé.
Nada como estar servindo a Deus de modo consciente e racional.
Devemos lutar, isso sim, contra a picaretagem evangélica, contra aqueles que só querem por a mão no bolso do fiel e contra a teologia da prosperidade, que vem minando o meio evangélico.
Pense nisso, afinal, discordar não é ofensa! Não é isso que diz aqui acima quando vamos postar um comentário?
Grande abraço
Leo,
ResponderExcluirDeus seja louvado pelo seu texto. Eu também já fui "fã" do Gondim e cheguei a recomendar sua igreja a uma jovem crente que estava em busca de uma igreja. Graças a Deus ela mudou-se e não precisou provar do veneno de sua teologia.
Que bom seria se os seguidores do Gondim refletissem no que você escreveu e, principalmente, confrontasse o que ele diz com o que a Palavra declara, tendo disposição para ficar do lado de Deus.
Em Cristo,
Clóvis
Eu ainda vou descobri (tenho fé que sim) um grupo que tem o coração imerso em tanto ódio quanto vocês, fundamentalistas. Não sei quem foi que lhes disse serem vocês portadores da verdade absoluta. Esse sim, é pior que vocês. Vosso deus em nada se assemelha a Jesus de Nazaré.
ResponderExcluirMas paro por aqui, do contrário serei, com a vossa ajuda, um morador do inferno.
Concordo com Rodrigo Barros. Nem Gondim, nem Leonardo escrevem de forma inspirada. Cada um crê conforme seus valores, fé, convicções e cultura. Fora disso é manipulação. E, se não investir no racional, o resto é manipulação. Por isso, não me deixo influenciar por ninguém, apenas reflito nas opiniões.
ResponderExcluirAo criticar o mercantilismo religioso, a especulação milagreira, a vergonhosa ética de evangélicos no poder, alinhado às minhas percepções, RG merece crédito.
Muita essência acadêmica e dogmatica e pouca pratica estão fazendo um cristianismo esquecer de ser cristão.
Leonardo, parabéns pela sua habilidade em escrever e se expressar. Mas senti que está faltando amor em suas palavras. Algumas palavras suas são ofensivas, sim. E não somente discordantes. No final das contas vc só quis atacar o Gondin e não aquilo que destoa daquilo que a gente aprende do ensino calvinista. Fica na paz meu irmão!
ResponderExcluirAfirmar que os reformadores foram esquerdas da época é forçar demais a barra!!! Nem um deles tiveram um "Sierra Maestra"...
ResponderExcluirFG.
Olá Leonardo. Li seu texto e como tudo na blogosfera é democrático "Graças a Deus", também gostaria de opinar. Fico triste em ler textos como o seu e ver também que há vários seguidores que engrossam a idéia de uma "Ditadura virtual" ou uma "Inquisição virtual", sei que vc é militar e parece ser rigido, comprometido com os seus serviços. A sua postura colocada no texto é de macular, exterminar o seu alvo que é o Gondim, assim as suas colocações são tão perigosas como as tais que você menciona do seu algoz, algoz porque vc se sentiu prisionado pela "lábia" dele. Não vou escrever uma carta em defesa de ninguem, pois esta não é minha missão, mas admiro a atitude do Gondim em expor seus pensamentos, pois são objetos de análise, e assim como outros pensadores sempre vão ser sujeitos a passar pelo "Corredor polonês" e os defensores da ORTODOXIA se encarregarão de cumprir com o seu papel. Como mostra a história, onde vários seres foram mandados a morte por quem não aceitava a sua exposição de pensamento (Miguel Servet por exemplo), ou senão serem "convidados" a sentarem na cadeira onde sentou Galileo Galilei. Os “inquisidores” deste momento quem são? Acho que o seu fundamentalismo assim como de outros são atitudes comportamentais e não atitudes teologicas, pois são arrogantes.
ResponderExcluirAs pessoas se entrincheiram com seus argumentos, não ouvem o arrazoamento dos outros e, ao se sentirem ameaçadas, partem para algum tipo de violência. O fundamentalismo tem se mostrado exuberante na radicalização ideológica dos Estados Unidos, tanto da esquerda como da direita, no isolamento de facções islâmicas e nos preconceitos entre movimentos cristãos, no xenofobismo europeu e nos nacionalismos africanos.
O fundamentalismo não respeita fronteiras de qualquer espécie -- geográficas, cronológicas ou culturais. Um jovem, que ainda não amadureceu sua reflexão, pode ser mais intolerante que um idoso, já bem enraizado em suas convicções.
Maurício "MAC",
ResponderExcluiracho que você quis dizer a falsa doutrina, não? rsrs!
Abraços!
Fábio Vaz do Santos,
ResponderExcluirfique à vontade para publicar o post em seu blog.
Abraços!
Leonardo, meu confrade, se for para usar a sexta, tão pouco aproveitada, para textos como este, nem precisa mais me consultar. Fique à vontade.
ResponderExcluirEra de se esperar RGs aparecessem, com mais ou menos argumentação, e com mais ou menos educação (e, neste caso, é ainda mais risível o "amor" que pregam). Mas cheguei a me surpreender que o mote tenha sido "pensar".
Surpreende-me porque, exceto se formos céticos, não cabe falar em pensamento à parte de verdade. Ou, sendo mais específico, não cabe falar em conhecimento à parte da verdade. Quero com isso dizer que a relativização relacional, no máximo, "pensa" doxa, opinião.
Num mundo de opinião, qualquer coisa que se fale vale. O que significa também que tudo que se fale nada vale. Em outras palavras, pensar ou não pensar, tanto faz. Pelo que o mote é natimorto.
E surpreende também que os mesmos que falam em "pensar" sejam incapazes de perceber que absolutizar o "amor" é relativizar tudo mais. E, se querem este absoluto para validar seu discurso a partir de um porto seguro, ficam com este mundo capenga, torto por seu reducionismo. Não é apenas que seu deus perca a profundidade do Deus que Se revela. É também que a própria realidade, desde Deus até seu mundo, passando por si mesmos perde suas cores multifacetadas. Sua realidade é, talvez, se não de todo cega, em tons de cinza. Ou da cor qualquer que seja com que pintam o amor.
E surpreende que apaixonados seguidores de um deus tão emotivo se fiem em sua razão. Se seu deus se esqueceu de saber, como podem querer saber eles?
É bom a quem a razão apela que a use!
No amor do Senhor,
Roberto
Caro Rodrigo Barros (VOZ DA CONSCIÊNCIA),
ResponderExcluir1) a Reforma não foi, como você afirma, formada por pessoas que passaram a pensar num Deus mais brando, e sim no Deus correto, o das Escrituras. Se a igreja romana pintava um outro deus diferente disso então ela que arque com seu sadismo idólatra;
2) dizer que os reformadores também eram "os esquerdistas" da época, além de anacrônico, carece de maiores definições. Se você se refere às reformas sociais que eles promoveram, saiba que isso nem de longe se parece com a Esquerda como a conhecemos hoje, que não visa o bem comum, mas a si mesma. Mas se você se refere ao aspecto teológico, é bom que se diga que eles, ainda que acusados de heresia, estavam respaldados pela Escritura (ao contrário dos seus algozes). Os romanos é que estavam errados;
3) sim, eu também costumo reter aquilo que é bom. E, do Gondim, em momento algum eu disse que absolutamente nada dele se aproveita. Ele também me ajudou a sair das armadilhas dos picaretas da fé (os teólogos da prosperidade). Contudo, o viés que ele muitas vezes usa para tal é exatamente o viés socialista, o que faz com que ele acabe condenando tudo aquilo que ele entende ser "elitizado", da política à teologia. Talvez seja exatamente por isso, como expliquei no post, que ele não aceite que um Deus totalmente Soberano assuma o controle total da História;
4) onde quero chegar com tudo isso? Somente estou advertindo aqueles que estão se deixando levar por um discurso "piedoso" por fora, mas totalmente corrosivo por dentro. Vim aqui só pra avisar, nada mais. Quem convence é o Espírito.
Abraços!
Clóvis,
ResponderExcluirobrigado pelo apoio e também pelo breve testemunho, que não me deixa só aqui. rs!
Abraços!
Excelente texto e maravilhoso comentario do Roberto Vargas.
ResponderExcluirWill,
ResponderExcluirse você julga que escrevi com ódio no coração, você não apenas não o conhece, como também é totalmente ignorante quanto ao verdadeiro significado do amor. Isso é fruto de uma mente que parece já não sabe mais quem é Deus, como parece ser o seu caso. Sugiro que você leia textos como João 17 para saber Quem é Jesus de Nazaré. E obrigado por me chamar de fundamentalista.
Em Cristo,
Leonardo.
Laerte Vieira,
ResponderExcluirparabéns por não se deixar influenciar por ninguém e por "apenas" refletir nas opiniões! Só espero que essa sua opinião tão ogmática também não te atrapalhe na prática do seu cristianismo.
Em Cristo,
Leonardo.
Alex Cordeiro,
ResponderExcluirse minhas palavras contra esse falso mestre que abertamente nega a soberania e onisciência divinas são ofensivas, então Paulo e Pedro também erraram por ter chamado os hereges de sua época de lobos (At 20.29), porcos e cães (2 Pe 2.22). Mas no post eu fiz, sim, ressalvas à pessoa do Gondim. O que critiquei foi sua teologia e a influência nociva que ela está exercendo.
Abraços!
Marcos Aurélio,
ResponderExcluirsó te digo uma coisa: seu corredor polonês carece de soldados mais audazes!
Em Cristo,
Leonardo.
Roberto,
ResponderExcluiressa sua deixa daria um belo post! "Amor e razão (ou, por que razão eu não amo o deus relacional)" - que tal?! Encorajo-te a ir em frente, ainda que escolhas outro título para o post. rs!
Abraços!
O mais irônico nos gondinianos, é que para eles o importante é expor seus pensamentos, não importa quão antibiblicos sejam. Desprezam a genuina Verdade, afirmando não haver verdades absolutas e fazem das duvidas e inquietações de seu mestre verdades absolutas. E ai de quem apontar e refutar biblicamente essas "verdades". Eles que condenam rótulos e ofensas, logo fazem isso e muito mais. E eles é que sabem amar e pensar...
ResponderExcluirCaro Leonardo,
ResponderExcluirParabéns pela forma como abordou a questão.
De fato, a maior expressão de amor no corpo de Cristo é o AMOR (a Cristo) demonstrado no zelo pela Verdade. Qualquer um de nós precisa ter humildade suficiente para ser corrigido quando anda longe da Verdade e isso oro para que aconteça na vida do Ricardo Gondim e seu rebanho. Creio que o maior gesto de amor a Deus é a submissão à Sua graça que perdoa o errante, a qual todos nós precisamos a cada dia.
Ou Deus é onipotente, ou onisciente. A não ser que você seja adepto do panteísmo.
ResponderExcluirSe ele já sabe tudo o que vai acontecer e tem tudo planejado e fechado, ele não pode nada! Está preso a um plano, atado, refém de um plano. Um plano feito num passado remoto, onde só existiria Deus e o seu plano. Deus não é Deus, o plano é Deus!
Se ele é onipotente, então não é onisciente. Pois é capaz de fazer todas as coisas até mesmo, coisas novas, de criar! De fazer coisas inimagináveis, jamais planejadas ou se quer pensadas. Deus é o onipotente! Não está preso a um plano, Deus é criativo, Deus está livre.
Como evidentemente nem um extremo nem o outro é correto. Parece ser logicamente verdade que "“Creio que Deus soberanamente decidiu abrir mão de parte de sua onipotência" ao criar seres livres como Ele.
rsrsrs
ResponderExcluirRoger, é claro que as pessoas podem mudar, mas já vi de você o suficiente para conhecer seus exercícios semânticos que tornam qualquer discussão sem sentido, seja pelo conteúdo, seja pela forma. Não tenho a intenção com isso de nenhum ad hominen, mas apenas estabelecer que debater com você é inútil. Mesmo assim, o exercício que você acaba de fazer com vistas a justificar a sentença é bastante divertido, o que me estimula a escrever algo.
Falando em exercício semântico, deveríamos começar por explicitar o que sejam onipotência e onisciência. Bem, a explicitação vale para ambos, então explicito que onipotência não é poder sem limites, mas poder com limite em si mesmo. Não que seja por aqui que valha expor o problema do seu argumento. Mesmo assim, apenas tal explicitação mostra que suas premissas estão erradas desde o princípio.
Mas esta confusão quanto ao significado de atributos já é assunto velho e não me diverte. O que me diverte é a idéia de fazer tanto poder quanto conhecimento depender do decreto. A dependência cronológica é risível, dado que Deus é eterno. E a dependência lógica é do decreto em relação ao poder e ao conhecimento. É porque Deus pode e conhece que decreta. Mesmo assim, poder, conhecer e decretar (assim como criar) são todos o mesmo ato único na eternidade.
É divertidíssimo ler sobre “passado remoto, onde [sic] só existiria Deus e o seu plano”. Ou sobre o ser “refém de um plano”. Ou ainda que criar não envolva o plano. Ou que aquilo que percebemos como “coisas inimagináveis, jamais planejadas ou se quer [sic] pensadas” sejam inimagináveis, não planejadas ou sequer pensadas por Deus.
E quanto ao plano ser Deus, está aí uma afirmação bastante interessante. Pois, uma vez que Deus é Verbo em ato único, contínuo e eterno, eis que a Palavra que dá vida ao plano é mesmo Deus! Pelo que a afirmação, embora com sentido diverso, não é de forma alguma despropositada.
Tudo isso faz da sentença “’Creio que Deus soberanamente decidiu abrir mão de parte de sua onipotência’ ao criar seres livres como Ele” tão infantil quanto as brincadeiras do meu filho (e divertidas quase na mesma medida).
Na verdade, já vi argumentações melhores vindas de arminianos. Ainda a questão entre soberania e livre-arbítrio é mais relevante, pois cada ênfase forma uma cosmovisão substancial, muito diferente do flutuante relativismo relacional. Também, se nos fosse proposto o enigma de Epicuro, teríamos um bom problema a debater, pois o problema do mal continua a ser um belo desafio. Porém, já que mal podemos estabelecer debates com significado, ficamos apenas com alguma diversão. Uma diversão fugaz como o deus relacional.
A Deus a glória!
Roberto
Oi Roberto,
ResponderExcluirrs!
"tornam qualquer discução [sic] sem sentido"
Ótimo, não gosto de discussões.
"debater com você é inútil"
e nem de debates... ops! Será que já estaria entrando em um?! Tô [sic] fora.
Faça a você mesmo um favor e brinque mais com seu filho. Lhe asseguro será BEM mais diertido.
Saudações fraternas,
Roger
Oh, Roger, que lindo! Preocupado comigo e com meu filho? Ah, chego até a ficar emocionado.
ResponderExcluirMas não se preocupe tanto, meu caro. Meu filho é infinitamente mais divertido que estes argumentos. O que não me impede de rir e sorrir também quando não estou com ele.
Gosto e "ç" por sua conta, aconselhe-se e assegure-se a si mesmo. Bem faria você!
Roberto
Grande Roberto Gaúcho,
ResponderExcluir"Meu filho é infinitamente mais divertido que estes argumentos."
Graças a Deus! Conserve-o assim.
"O que não me impede de rir e sorrir também quando não estou com ele."
Ainda bem! Conserve-se assim.
Acho que a conversa, agora, tá tomando um rumo interessante.
Saudações fraternas,
Roger
Caro Leonardo Bruno, o polêmico e inútil Ricardo Godin ( inútil pois de outros, ou a partir de outros líderes a até passíveis de críticas se pode observar algum fruto ). Quanto ao Ricardo Godim, excede atualmente a todos por sua apostasia travestida de iluminação teológica. O seu testemunho é importante pois não se trata uma uma crítica gratuíta. Se permitir republicarei em um de meus blogs, e desde já passo a seguir o seu.
ResponderExcluirOs endereços são:
http://mensagemdopregador.blogspot.com/
http://amusicagospelbrasil.blogspot.com/
http://contandoosnossosdias.blogspot.com/
e meu e-mail é helveciop1@gmail.com
Um abraço, fique na verdadeira paz do nosso Senhor Jesus Cristo.
Marcos: 13:22 Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão sinais e prodígios para enganar, se possível, até os escolhidos.
ResponderExcluirSE Possível... , SE POSSÍVEL, se Possível....
ALELU-YAH
Jesus alertou que nos finais do tempos haveriam muitos falsos profetas.
ResponderExcluirHoje a midia em geral está cheio deles, uns envolvidos com politica, outros com dinheiro, outros em adultério, outros em falos ensinos que é o caso dele.
Precisamos voltar a ler mais a Bíblia e orarmos tanto na lingua nativa como no Espírito Santo pra nos guardarmos até a volta do Senhor Jesus.