6 de janeiro de 2010

Bíblia e Predestinação [7] - A missão de Jesus é a expiação limitada

Leia o post anterior da série clicando aqui.
Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos. (Marcos 10:45)
O versículo acima é considerado chave na interpretação do Evangelho de Marcos. Ali, Jesus define qual a Sua missão: dar a vida em resgate por muitas pessoas. Para os não-reformados, "todos" significa, tranqüilamente, muitas pessoas. Todavia, o bom intérprete da Bíblia precisa se perguntar por que Jesus disse "muitos" e não "todos". Para os reformados, portanto, é revelador o fato de que Jesus não diz "em resgate por todos", mas prefere um termo mais restrito.

Qual das duas interpretações devemos seguir? Uma olhada em outros textos pode ser esclarecedora.

A profecia de Isaías
Isaías é apontado por muitos como o profeta messiânico, aquele que mais falou a respeito de Jesus. Talvez a profecia mais clara sobre o ministério do Cristo esteja em Isaías 53, quando o profeta descreve o Messias como um Servo Sofredor, que entrega a Sua alma pelo pecado:
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos. Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu. (Isaías 53:10-12)
E aqui, mais uma vez o "muitos" aparece. Repare que parece haver uma insistência do profeta em mostrar que o trabalho do Servo Sofredor alcança a muitos, há uma relutância em dizer "todos". E, de fato, aqui os termos não podem ser apontados como sinônimos. Por quê?

1) Quando Jesus oferece a Sua alma, o que Ele enxerga é a Sua posteridade, ou seja, os Seus descendentes (Is 53:10). Aqui, fala-se, efetivamente, de pessoas salvas, os condenados não podem ser considerados como a posteridade de Cristo. Assim, o que Cristo tem em mente são apenas as pessoas que, realmente, são beneficiadas por Sua oferta;

2) A morte de Cristo é apontada como a prosperidade da vontade do SENHOR (Is 53:10). Em outras palavras, ela é o cumprimento perfeito do desejo de Deus, de outra forma, não faria sentido vê-la como prosperidade. Mais do que isso, o Servo Sofredor vê o fruto penoso de seu trabalho e fica satisfeito (Is 53:11);

3) Qual o trabalho do Servo que O satisfez e cumpre a vontade de Deus? Justificar a muitos. Veja bem, até os arminianos concordam que Cristo não justifica a todos, porque, se assim fosse, todos seriam salvos. Logo, fica claro que a vontade de Deus nunca foi a de que todos fossem salvos, mas sim muitos;

4) E como os "muitos" são justificados? A resposta do versículo 11 é "porque as iniqüidades deles levará sobre si". Segundo Isaías, o Messias leva as iniqüidades apenas dos muitos que são justificados.;

5) Os "muitos" são a parte que Deus dá ao Servo Sofredor (Is 53:12) e o Servo leva sobre Si o pecado de "muitos" (Is 53:12). É claríssimo no versículo 12 que, em toda a visão, que começa em Isaías 52:13 e termina em 53:12, o "muitos" não inclui toda a humanidade, e sim, apenas os que são justificados, tornados justos, salvos enfim.

Assim, uma leitura atenta da visão de Isaías mostra que todos os benefícios trazidos pelo sofrimento do Messias se aplicam apenas aos salvos, e não a todos os homens. Todas as vezes que Isaías diz "nós" ou "nossas", é a salvos que ele se refere, e não a todos. Desta maneira, podemos dizer que Jesus:

- Toma sobre si as enfermidades e dores dos salvos apenas (Is 53:4);
- É traspassado pelas transgressões e iniqüidades de salvos apenas (Is 53:5);
- Seu castigo traz paz apenas aos salvos, e não a todos (Is 53:5);
- Suas pisaduras saram os salvos somente (Is 53:5)
- Deus fez cair sobre Ele a iniqüidade dos salvos apenas (Is 53:6). O "todos" aí refere-se a "salvos", não a "todos os homens".
- Foi ferido por causa da transgressão do "meu povo" (Is 53:8), não de "todos os povos".

Talvez um não-calvinista se agarre ao "nós todos" de Isaías 53:6 para tentar provar que o texto se refere a todos os homens. Mas, não é possível. A profecia mostra que nós fomos sarados por suas pisaduras e que o castigo de Jesus nos dá a paz. Pergunto: para quem não crê em Cristo, as pisaduras de Jesus o salvam? O condenado ao inferno tem paz? Isaías seria confuso ou esquizofrênico se, no mesmo texto, uma hora ele falasse de salvos apenas e, em outra hora, de todos os homens, e depois voltasse a tratar exclusivamente de salvos.

Assim, quando olhamos para a profecia, fica claro que o "muitos" de Marcos 10:45 não pode, de modo algum, referir-se a "todos", senão Jesus estaria contradizendo o que o Espírito Santo disse por intermédio de Isaías.

A oração sacerdotal
Em Isaías 53:12, também é dito que Jesus intercedeu pelos transgressores. Inicialmente, pode-se até ter a ideia de que, ao menos orar, Jesus orou por todos os pecadores. Mas, quando se vê o cumprimento da profecia em João 17, vemos que nem intercessão Jesus faz pelos não-salvos:
É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus... (João 17:7)
Os não-reformados tentam provar que Jesus morreu por todos usando textos como João 3:16, onde se diz que "Deus amou o mundo". Mas aqui, lemos que Jesus não roga pelo "mundo", mas apenas "por aqueles que me deste". Fica claro, portanto, que não se pode ler a palavra "mundo" sempre da mesma maneira. Em João 3:16, podemos ler "mundo" como "criação" ou mesmo "humanidade", daí Jesus vem para salvar parte da humanidade. Porque Deus ama o mundo, não o destruirá por inteiro, parte dele será salvo. Mas, em João 17:9, "mundo" são todas aquelas pessoas que o Pai não deu a Jesus, ou seja, os não-salvos. Estes não recebem sequer a oração do Messias.

Isso fica claro ao lermos outros textos da oração sacerdotal:
Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra. Agora, eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti; porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, e verdadeiramente conheceram que saí de ti, e creram que tu me enviaste. (João 17:6-8)

Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós. Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. (João 17:11-12)

E a favor deles eu me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade. Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra... (João 17:19-20)

Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. (João 17:22-23)

Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. (João 17:24)

Pai justo, o mundo não te conheceu; eu, porém, te conheci, e também estes compreenderam que tu me enviaste. Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja. (João 17:25-26)
Pode parecer chocante para muitos, mas a oração é autoexplicativa. Jesus faz diferença entre o mundo e os que o Pai deu a Ele (salvos) em termos de oração, manifestação do nome de Cristo, transmissão da Palavra, guarda, proteção, santificação, companhia de Jesus e até mesmo amor.

Destaco ainda que, de modo explícito, Jesus diz no versículo 19 que se santifica a favor daqueles que recebeu do Pai. Jesus não se santifica pelo mundo.

Desta maneira, João 17 permanece como um baluarte suficiente e inquestionável da expiação limitada. O fato de ser uma oração de Jesus ao Pai e a abundância de distinções feitas por Ele na intercessão deveriam ser suficientes para que todo versículo que sugira uma expiação universal fosse reinterpretado para não conflitar com o próprio Cristo. Aliado a Isaías 53, tem-se duas amplas e significativas porções bíblicas (clássicas até) cujo ensino não pode ser reinterpretado em favor de 2 ou 3 versículos que, supostamente, ensinam que Jesus morreu por todos. O mais provável é que os não-reformados compreendam errado esses versículos do que os reformados errarem na interpretação de duas passagens tão claras, importantes e grandes (são textos, não versículos).

1 João 2:1-2
E isso é particularmente verdadeiro na interpretação de 1 João 2:1-2, um dos textos-prova mais fortes a favor de uma expiação universal:
Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro. (1 João 2:1-2)
Aparentemente, João ensina que o sacrifício de Jesus foi feito em favor de todos os homens. Não podemos, porém, esquecer aqui que estamos falando do mesmo apóstolo que escreveu a oração de Jesus em João 17. João contradiz a João?

É certo que não. A minha interpretação é a de que João aqui diz o seguinte: "Jesus é a propiciação pelo pecado de todos os que estão lendo essa carta, e não só dos nossos, mas o de todos os salvos espalhados pelo mundo inteiro".

É preciso considerar que a palavra "mundo" tem várias conotações nos escritos joaninos. Se em 1 João 2, se diz que Jesus é a propiciação pelos pecados do "mundo inteiro", no mesmo capítulo o apóstolo diz:
Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. (1 João 2:15-17)
Popularmente, se entende que "mundo" aqui é apenas um sistema político-econômico-ideológico que se opõe a Deus. Mas, no versículo 17, João estabelece um contraste que só faz sentido se incluir também pessoas:
O mundo passa vs. aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente.
O mundo aqui inclui os não-salvos, no mesmo capítulo. Como é possível que Jesus seja a propiciação pelos pecados do mundo inteiro...e o mundo significar também uma humanidade condenada? A resposta é: o mundo em 1 Jo 2:1-2 é diferente do mundo de 1 Jo 2:15-17 e não inclui os condenados. Isso fica mais claro se você considerar que na perícope seguinte (1 Jo 2:18-26), o apóstolo trata dos anticristos.

Um outro contraste entre a igreja e o mundo quando fala de falsos profetas:
Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é o que está em vós do que aquele que está no mundo. Eles procedem do mundo; por esta razão, falam da parte do mundo, e o mundo os ouve. Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto reconhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro. (1 João 4:4-6)

João volta a estabelecer um contraste entre o mundo e os filhos de Deus no capítulo 5:
Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca. Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno. (1 João 5:18-19)
E aqui fica claro: há os que nasceram de Deus (salvos) e o mundo (condenados). Tanto aqui como no capítulo 4, o mundo é identificado com Satanás e os que pertencem a Deus estão se opondo ao mundo.

Temos, portanto, pelo menos quatro passagens em 1 João onde "mundo" refere-se a pessoas:

1 Jo 2:1-2 = contexto positivo, Jesus é a propiciação pelos pecados do mundo inteiro.
1 Jo 2:15-17 = contexto negativo, o mundo passa, os que fazem a vontade de Deus permanecem eternamente. Distinção e contraste entre igreja e mundo. Mundo é humanidade condenada.
1 Jo 4:4-6 = contexto negativo, o mundo ouve os falsos profetas e é influenciado pelo diabo, a igreja vence os falsos profetas e ouve os apóstolos. Distinção e contraste entre igreja e mundo. Mundo é humanidade condenada.
1 Jo 5:18-19 = contexto negativo, o mundo é do Maligno, os que são de Deus não são tocados pelo diabo. Distinção e contraste entre igreja e mundo. Mundo é humanidade condenada.

Considerando os contrastes repetidos que João faz entre os salvos e os condenados, é impossível que "mundo" em 1 João 2:1-2 se refira a todas as pessoas. Logo, a melhor saída é a minha interpretação, de que João se referia a salvos em todo o mundo (planeta Terra), por se harmonizar tanto com o restante da carta como com João 17 e Isaías 53.

Leia o próximo post da série clicando aqui.

Helder Nozima é pastor presbiteriano, blogueiro do Reforma e Carisma e escreve às quartas-feiras no  5 Calvinistas.

8 comentários:

  1. Ótimo texto, como sempre, Helder. Didático e esclarecedor.
    Sempre havia interpretado I Jo 2.1-2 como uma descrição do alcance, não em termos de eficácia, mas de suficiência, do sacrifício de Cristo. Sua interpretação, no entanto, parece-me mais verossímil.
    Grande abraço, meu irmão. No Cristo,
    Roberto

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  2. Helder,

    Seu texto é simplesmente irretocável! Como poderei dar continuidade à minha série sobre os textos supostamente arminianos da Bíblia se você já está analisando a tantos (rsrs!)?

    Parece mesmo que a expiação (i)limitada tem ocupado mesmo o centro das atenções, não é mesmo? Para mim, que de início relutei por algum tempo para aceitar esse ponto, hoje o considero como o mais óbvio de todos os pontos do Calvinismo. Ainda mais quando leio textos como esse que você escreveu. Parabéns!

    Abraços, meu caro Nipo!

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  3. Há um debate a ser vencido?
    Quem vence é quem apresenta o maior número de versículos? ou quem apresenta uma interpretação mais engenhosa e pautada não na defesa da Bíblia mas na defesa de linhas teológicas?
    Se o debate já foi vencido, como afirmam muitos, qual o motivo da insistencia no assunto.

    Uma coisa reconheço: sou um pequeno aprendiz e vocês têm muito para me ensinar. Só que as vezes fico confuso. São questôes complexas que necessitamos simplificá-las, principalmente no evangelismo pessoal, onde deparamos com situaçoes e situaçoes.

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  4. Roberto e Leonardo,

    É muito bom sabermos quando um texto nosso é claro e didático, e melhor ainda quando ele nos ajuda a entender melhor um trecho da Bíblia. Não chego ainda a dizer, como o Leonardo, que a expiação limitada é o ponto mais claro da TULIP, mas acho bom que muitos posts sejam escritos, exatamente pela dificuldade de nossa mente em aceitá-lo.

    E, bem, ainda há muitos versículos arminizados não estudados aqui, rs...a começar por João 3:16.

    Abraços,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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  5. Weslei,

    Vejo várias falácia em seu argumento, e vou explicar os porquês.

    De fato, eu considero o debate calvinismo vs. arminianismo vencido intelectualmente pelos calvinistas. Acho que a simples leitura bíblica mostra isso. No entanto, os vencidos não concordam comigo e não aceitam a derrota, são mais numerosos e jamais mudarão de ideia se eu não apresentar argumentos pró-calvinismo. Logo, na sociedade a discussão ainda existe e deve continuar.

    O mesmo poderia ser dito do debate catolicismo vs. protestantismo, por exemplo. Imagino que você é evangélico e considera o protestantismo superior. Mas o católico discordaria de você, e diria que a Igreja Católica possui mais membros. Você considera que o debate, na sociedade, acabou? Ou então que não deva mais ser discutido? Se for assim, padres deveriam parar de escrever contra os evangélicos, para evitar a perda de fieis...e os pastores deveriam parar de evangelizar no Brasil, pois quase todos já são cristãos. O mesmo pode ser dito de outros debates teológicos, políticos, econômicos...

    E como se vence um debate? Não é pela quantidade de versículos, pois posso levantar vários descontextualizados para ganhar uma briga. No entanto, quando usados de modo correto, o número de versículos é um fator a se considerar.

    O que ganha mesmo um debate é a qualidade da sistematização doutrinária. Uma argumentação consistente, lógica, com amparo em vários versículos e que é harmônica, com certeza, é a vencedora.

    (Continua...)

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  6. Agora, quando você fala em "interpretação mais engenhosa e pautada não na defesa da Bíblia mas na defesa de linhas teológicas", você revela ou má-fé ou um pensamento simplório, do tipo "toda argumentação é um engenho interpretativo para distorcer o significado da Bíblia em nome de um pensamento teológico humano". Uma piedade que só parece inocente, mas, na verdade, é infrutífera e incentiva a ignorância intelectual.

    Weslei, se você é católico, evangélico ou não vai em nenhuma instituição, sem saber você já comprou alguma posição teológica definida.

    Quando eu defendo o calvinismo, ajo como Charles Spurgeon: creio que o que a Bíblia ensina é o calvinismo. As posições teológicas, meu caro, não são construídas no ar. Alguém lê a Bíblia, analisa versículos e então formula um pensamento que, no entender dele, é uma sistematização fiel do ensino bíblico. Vai me condenar por defender o calvinismo? Espero que faça o mesmo com quem defende qualquer sistema teológico então: catolicismo, protestantismo, dispensacionalismo, pentecostalismo, etc.

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

    P.S: Desculpe o "falácia" da primeira parte, faltou um s.

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  7. Será que pequei por ficar confuso sobre alguns assuntos deste blog?
    Devo deixar de visitá-los?
    Por que meu comentário é digno de 33 linhas de rebatimentos mas não é digno de um única linha de motivaçao pra que retorne à este ambiente afim de aprender com voçês?
    Quando eu diz que voçes têm muito para me ensinar não usei de hipocrisia, pois já li varios textos publicados aqui.
    Não sou teólogo, o meu sonho era estudar teologia. Mas parece que muitos estudam a Bíblia simplesmente para pregar nas igrejas, ensinar em seminários e debater na internet(pelo amor de Deus, não estou referindo a vc).
    Eu preciso estudá-la, em primeiríssimo lugar, para aprender mais de Deus e para a minha edificaçao. Sei que blogs como este me são úteis mas talvez não são apropriados para alguém que ainda está dando os primeiros passos do conhecimento Bíblico e as vezes estranha algumas coisas na blogosfera apologética.

    Perdoe a minha ignorância. Deus te abençoe.

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  8. Weslei,

    Acho que podemos deixar de lado o tom de vítima, com expressões do tipo "devo deixar de visitá-los?". Isso não torna o debate produtivo e desvia o foco do verdadeiro assunto. Estamos aqui discutindo ideias e é nelas que estou interessado.

    Mas indo ao que interessa. Weslei, apenas respondi às suas perguntas. A apologética, a defesa da fé ou de um ponto de vista teológico, requer sim o desmonte de argumentos e a refutação. Quem quer que se proponhe a criticar (o que você, de fato fez no seu comentário, ao questionar o debate em si), tem que se dispor a receber de volta a crítica ao seu ponto de vista. Dizendo de modo mais chulo, quem bate tem que aguentar apanhar. E esse "bate-e-apanha" é sim um ótimo jeito de aprender. Desde, é claro, que você queira fazê-lo, ao invés de reclamar por ter sido refutado.

    Não creio que seja preciso escrever linhas de motivação: o blog é público, aberto e acho um tanto óbvio que todos nós queremos que você e outros leiam o que escrevemos. Esta série mesmo sobre predestinação foi escrita para que você e outros possam aprender. O convite é redundante, mas deixo-o: fique à vontade para ler os textos, anotar as suas dúvidas e perguntar. Só o advirto que as perguntas serão respondidas...

    No mais, não estranhe discussões, argumentações e debates. Blogs teológicos servem para isso. E aí, realmente, quem não quer aprender por meio do debate, talvez deva aprender de outras formas, lendo livros, por exemplo. Pode não parecer, mas as discussões são, precisamente, o coração de um blog teológico.

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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